Você quer convidar alguém pra sair, mas não consegue. Finalmente toma uma cachaça, ou enche o peito de ar e o cérebro de bons pensamentos e liga pra pessoa…mas xi, ela responde que não pode ou não quer. Você fica mal e pensa: “nossa o que foi que eu fiz”.
O orgulho inventa coisas assim: “eu não queria tanto mesmo sair, eu não devia ter convidado, agora ela vai saber meus sentimentos…” etc
Uma pessoa percebeu que fez mal a uma outra em algum momento. Sentiu a dor de fazer esse mal, mas não pediu desculpas para não “se rebaixar”.
O orgulho diz: “não foi tão errado assim” ou então, “mas ele me feriu primeiro, não vou pedir desculpas, não é pra tanto.”
Uma pessoa está desempregada, mas não conta para os amigos, não apresenta a sua dificuldade, não quer mostrar a fragilidade do momento, logo, não consegue receber ajuda, não aciona seus contatos.
O orgulho afasta as pessoas, joga elas do outro lado da sala.
O orgulho olha os outros lá de cima ou lá de baixo. Ele é uma gangorra que as vezes é rei e outras uma mosca na merda do cavalo. Ele não sente que é igual, sempre existem comparação “sou melhor ou sou pior”.
Esse tipo de orgulho acaba com a vida das pessoas.
A dignidade não tem nada a ver com o orgulho, mas é confundida com ele. A dignidade é o sentimento de amor próprio, verdadeiro, sem disfarce.
Eu convidei alguém pra sair, a pessoa não pôde. A minha dignidade pensa: eu fiz o que queria, mostrei meu interesse, tá tudo bem. O outro não pode ou não quis, que pena.
Não perdi o meu valor ao mostrar meus sentimentos, muito pelo contrário, fui fiel a eles.
Se eu feri alguém a minha dignidade corre para dizer sinto muito, não queria te ofender ou te machucar.
A dignidade me leva a buscar as pessoas e pedir ajuda, podendo mostrar minhas dificuldades momentâneas.
Ser digno não coloca em jogo o nosso valor como pessoa. O orgulho coloca. Ou você não vale nada ou é a pessoa mais legal do mundo.
A dignidade preserva sempre o amor próprio, mas enxerga o o outro e é capaz de enxergar o próprio erro sem se auto denegrir.
O orgulho nos conduz pra bem longe da nossa essência e pra longe das pessoas. A dignidade nos aproxima da nossa verdade e também das pessoas.
Você lê o texto aqui e diz: ah mas não dá pra ser assim no mundo, as pessoas de ferem, se machucam, usam o poder pra humilhar.
Mas sentir-se humilhado é uma opção sempre nossa, que vai variar de acordo com o tamanho do amor ou do desprezo por si mesmo.
Afinal temos uma grande decisão a tomar: o que vamos escolher alimentar em nós?
Amor próprio ou autodesprezo?
Como seria a nossa vida com menos orgulho e mais dignidade?
Responde nos comentários:)
Graziela Bergamini
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